ABSTRACT
Comentam-se a ubiqüidade dos aspergilos em natureza, a inevitável inalaçäo de seus propágulos por seres humanos, a fraca patogenicidade do fungo para o indivíduo normal e a gravidade das manifestaçöes que causa em imunodeficientes. Descreve-se a morfologia típica dos aspergilos em cultivo e ressalta-se a impossibilidade de reconhecer suas hifas em cortes histológicos de tecidos. Säo considerados três tipos de aspergilose pulmonar: alérgica, invasiva e de colonizaçäo. Descrevem-se as duas formas clínicas de tipo alérgico, uma incidindo em pessoas atópicas, a outra resultante da inalaçäo repetida de antígenos; as possibilidades diagnósticas e o tratamento säo comentados. Distingue-se a forma de tipo invasivo em indivíduos normais da que ocorre em imunodeprimidos. Na primeira, ressalta-se a ocorrência de lesöespontaneamente regressivas, e discutem-se as manifestaçöes progressivas. Na segunda, consideram-se três formas clínicas, dependentes do grau de imunocompromentimento; elas apresentam quadros clínico-radiológicos incaracterísticos, porém sugestivos na forma necrosante aguda. O diagnóstico das doenças de tipo invasivo requer a visualizaçäo e o isolamento biopsia; outras possibilidades säo apontadas. O tratamento é discutido. A colonizaçäo intracavitária pulmonar pode ser incipiente ou bem-sucedida; nesta, é descrito o sugestivo quadro clínico-radiológico, as possibilidades diagnósticas e o tratamento